A mostra, realizada em parceria com o Centro Cultural da Espanha, apresenta fotos e DVDs das intervenções urbanas de Mônica Nador, que levaram cores para as casas da favela São Remo, da Vila Rhodia e do Jardim Santo André, em São Paulo, e para Maclovia Rojas, no México.
Os trabalhos, realizados com pinturas em estêncil, contaram com o apoio das comunidades, que participaram de oficinas e criaram desenhos de acordo com seu repertório e realidade. O resultado foi um conjunto visual interessante e o despertar de um sentimento de pertença nos moradores.
Num movimento de apropriação simbólica do espaço público, a artista plástica Mônica Nador, paulista de Ribeirão Preto, descobriu novos caminhos para sua arte. Ela confessa sempre ter tido vocação para “pintar a cidade”, já que navegou entre estudos de arquitetura e artes plásticas. “Empunho a bandeira da beleza pura, quero transformar os lugares feios”, diz Mônica Nador. “Procuro fazer o que chamo de arte útil”.
O trabalho da artista plástica é realizado, primeiramente, com a apresentação da proposta para os moradores e a inscrição dos interessados. Em seguida, são realizadas sessões de desenho, nas quais se procura eliminar piu-pius, mickey mouses e logomarcas. É feita a transposição dos desenhos selecionados para confecção dos estênceis e se inicia a pintura das casas. Os desenhos e as cores são selecionados pelos próprios moradores.
A ação busca valorizar as pessoas e sua cultura e viabilizar um entorno menos hostil para as populações que habitam a periferia de grandes cidades. Incentiva a formação de agentes multiplicadores deste trabalho dentro da comunidade, e, em um segundo momento, a criação de atividade geradora de renda baseada nos desenhos do grupo.
Em Santo André, o trabalho foi feito por meio das ONGs Jardim Miriam Arte Clube (Jamac) e Ação Educativa, no Projeto Arte em Toda Parte, que integra as ações do programa São Paulo de Cara Nova, da Secretaria de Habitação e da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Governo do Estado de São Paulo (CDHU). O processo foi filmado pelo cineasta Carlos Jerônimo Vilhena de Toledo, que editou um documentário presente na mostra.
Visitação: 10 de junho a 12 de julho, das 10h às 18h
Museu da Casa Brasileira
Av. Faria Lima, 2705 - Tel. 11 3032-3727 Jardim Paulistano São Paulo
Ingresso: R$ 4,00 - Estudantes: R$ 2,00
Gratuito domingos e feriados
Foto: Divulgação
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