O CÉU COMO GUIA DE CONHECIMENTOS E RITUAIS INDÍGENAS


Há muito tempo, contam os índios Tembé, da Amazônia, havia uma grande aldeia nas margens do rio Capim, no estado do Pará. Nessa aldeia vivia um cacique que tinha uma filha muito bonita, olhos negros e cabelos lisos e longos, chamada Flor da Noite. Ela gostava de ficar às margens do rio, observando o pôrdosol. Em uma noite de lua cheia, a índia adormeceu na praia e foi acordada por um grande barulho que vinha do rio. Então, um rapaz saiu da água e eles passaram a namorar em todas as noites de lua cheia. O rapaz, porém, era um boto Tupi cor-de-rosa e, depois de engravidar Flor da Noite, nunca mais voltou. A índia deu a luz a três botos e, embora triste, ela decidiu solta-los nas águas do rio, para que eles não morressem.
Assim, quando sentem saudades da mãe, os três botos unem-se a procura dela, saltando sobre as águas, sempre na lua nova e na lua cheia, fazendo uma grande onda que se estende ate as margens do rio, derrubando arvores e virando barcos.


Entenda melhor o sentido dessa fábula: http://cienciaecultura.bvs.br/pdf/cic/v64n4/a23v64n4.pdf