Que histórias a capoeira canta ?

Gravura de Carybé. Capoeira vinil, 1981
As Histórias que a capoeira canta e Quem vem lá, sou eu! - os capoeiras nas rodas da vida, são temas de palestras no III Festival Sul-Americano da Cultura Árabe, dia 31/03/12, sábado, às 10h, em São Paulo.

Mauricio Acuña falará sobre “As Histórias que a capoeira canta”. Reconhecida com símbolo de identidade nacional, a capoeira como a conhecemos hoje, é fruto das ações a imaginações cruzadas de capoeiristas e intelectuais. O objetivo desta palestra é compartilhar algumas das estratégias pelas quais a capoeira baiana passou a ser imaginada como símbolo da identidade brasileira por intelectuais e capoeiristas entre as décadas de 1930 e 1960. Busca-se para isso, respostas a duas principais questões: quais foram os aspectos que levaram alguns intelectuais do período a se debruçarem sobre a capoeira baiana, selecionando, para isso, certos traços, especialmente sua característica musical, na busca de interpretá-la como um símbolo de identidade regional e nacional? Como alguns dos principais capoeiristas baianos exploraram as relações e interpretações destes intelectuais e representantes do poder, confirmando ou contrariando suas idéias?

Já o “Quem vem lá, sou eu! - os capoeiras nas rodas da vida”.  Será abordado por Maurício Germano que antecipa: no Brasil, o negro feito escravo adaptou sua cultura e costumes para mantê-los vivos, dando origem a outras manifestações (samba, candomblé, capoeira...) de valores vitais para a compreensão do panorama que se formou nos séculos coloniais. Essa palestra narra como a capoeira, um "jogo de luta dançada", torna-se arma eficaz no combate à opressão, pontuando definitivamente a sua importância sociocultural.

III Festival Sul-Americano da Cultura Árabe

Realizado anualmente entre 18 e 31 de março, o Festival Sul-Americano da Cultura Árabe, promovido pela BibliASPA,  tem como objetivo refletir sobre as manifestações culturais árabes e as contribuições dos imigrantes. A intenção é fortalecer o vínculo entre a América do Sul e os Países Árabes com base no respeito à diversidade cultural e nos laços históricos, além de promover a cultura da paz por meio da aproximação dos povos.

A programação inclui atividades diversificadas tais como exposição de caligrafia árabe, de fotografia e outras expressões artísticas, mostras de cinema, palestras, debates, contação de histórias, mediação de leitura, entre outros

SERVIÇO:
Quando: 31/03, sábado, às 10h
Onde: Espaço BibliASPA – Rua Baronesa de Itu, 639 – Sta. Cecília, SP
Realização: BibliASPA
Inscrição prévia, gratuita: comunicacaobibliaspa@gmail.com (011) 3661 0904

Palestrantes

Mauricio Acuña é Bacharel (2006) e Licenciado (2010) em Ciências Sociais pela FFLCH. Mestre em Antropologia Social pela mesma instituição (2011) com estudo "Entre rodas de capoeira e círculos intelectuais: disputas pelo significado da capoeira no Brasil". Desenvolve pesquisas na fronteira entre História e Antropologia com ênfase na relação entre cultura popular, intelectuais e Pensamento Social Brasileiro. Atualmente, coordena estudo sobre aspectos socioeconômicos, culturais e históricos do Parque Perequê em Cubatão, integrando a equipe do Centro de Capacitação e Pesquisa em Meio Ambiente da Universidade de São Paulo.

Maurício Germano é professor de educação física e mestre de capoeira. Atua em escolas estaduais e particulares.



III Festival Sul-Americano da Cultura Árabe, de 18 a 31 de março/12, em SP



A terceira edição do Festival Sul-Americano da Cultura Árabe – que será realizado entre 18 e 31 de março, nas cidades de São Paulo, Curitiba e Rio de Janeiro – incluiu na programação oficial a leitura dramática encenada de Mohamed, o latoeiro”, de Gilberto Abrão. A obra, publicada pela Primavera Editorial, está sendo adaptada para o teatro pelo ator Yunes Chami. A leitura está prevista para o sábado, 31 de março, às 16 horas, no Espaço Bibliaspa (rua Baronesa de Itu, 639 - São Paulo).

De 18 a 31 de março, as cidades de São Paulo, Curitiba e Rio de Janeiro serão “invadidas” por eventos que disseminam a diversidade da cultura árabe. O III Festival Sul-Americano da Cultura Árabe trará cinema, exposições, fotografia, colóquios, música, teatro, palestras, dança, artes plásticas, contação de histórias, caligrafia árabe e literatura com o objetivo de promover uma reflexão sobre as contribuições dos imigrantes no Brasil e fortalecer o vínculo entre a América do Sul e os países árabes. A proposta central é dar visibilidade a questões como o respeito à cultura e aos laços históricos, incentivando uma cultura de paz por meio da aproximação dos povos. No Brasil, a influência dos povos árabes é nítida – o país abriga mais de 16 milhões de árabes e descendentes, sendo que 2,5 milhões vivem em São Paulo. Os eventos acontecem em centros culturais e de pesquisa, escolas, cineclubes, universidades e associações

Como parte do encerramento do III Festival Sul-Americano da Cultura Árabe, o ator Yunes Chami fará uma leitura dramática
encenada do livro Mohamed, o latoeiro, do escritor Gilberto Abrão. Yunes – que está adaptando a obra para o teatro com o apoio da Bibliaspa – fará a apresentação em 31 de março, às 16 horas, no Espaço Bibliaspa (rua Baronesa de Itu, 639 - São Paulo).
Programação completa:

Sete unidades do SESC recebem indígenas da etnia Kariri-Xocó apresentando sua cultura através da contação de histórias tradicionais e da apresentação de rituais, como a dança do Toré.


Vila Mariana, Santo André, Bertioga, Campinas, Taubaté, Santo Amaro e Pompeia recebem a etnia Kariri-Xocó, que reúne remanescentes de alguns povos da região de Porto Real do Colégio, Alagoas.

Para expressar e evidenciar sua cultura, e, principalmente, fortalecer as políticas indígenas, os Kariri-Xocó apresentam rituais como a luta Ouricuri (praticada em um lugar exclusivo) e dançam o ritual do Toré.

Urucum, jenipapo, carvão e argila são os principais adereços para uma pintura corporal, que varia com as cores vermelho, preto, branco e amarelo. O amarelo, obtido pela argila, representa o sol, e o vermelho do urucum representa o fogo. Já o preto, extraído do jenipapo e do carvão, é usado para traçar os desenhos. Entre cocares, saias de palha, braceletes e colares, as vozes de homens e mulheres se fundem ao som de maracas e flautas, conduzindo as danças que evoluem soltas.


O que: Brincando com os Kariri-Xocó
Quando: 17 a 25/3
Onde: Diversas unidades do SESC - SP
Fonte: http://www.sescsp.org.br/sesc/revistas/subindex.cfm?Paramend=1&IDCategoria=7506

O ritual do Ouricuri e a dança do Toré
http://pib.socioambiental.org/pt/povo/kariri-xoko/680

Introdução à História da Arte Indígena

O curso pretende oferecer uma introdução à arte ameríndia através da antropologia, da história da arte e da arqueologia. As aulas terão como foco os povos da América do Sul (em especial os da Amazônia) desde o período anterior à invasão europeia até o presente. Serão abordadas expressões diversas das artes ameríndias tais como as produções cerâmicas, as pinturas, as máscaras e os adornos corporais, tendo em vista suas relações com rituais e mitologias. Orientação: Pedro de Niemeyer Cesarino: Antropólogo e professor do Departamento de História da Arte da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Duração: 03 encontros. Oficina 3. 40 vagas. Grátis.

SESC Belenzinho
21/03 a 04/04/12.
Quartas, das 19h30 às 21h30.
http://www.sescsp.org.br/sesc/programa_new/mostra_detalhe.cfm?programacao_id=215297