Oi gente, Feliz Ano Novo

Ter alimento é sinônimo de muita prosperidade. Então que o ano novo seja próspero, no sentido amplo, para todos nós.

Arroz libanês

Adaptado de um clássico da culinária árabe, este prato é uma refeição completa e contém uma série de nutrientes que auxiliam no combate à TPM.

Ingredientes
1 xícara (chá) de arroz integral
1 cebola picada
1 peito de frango com osso
250 g de carne moída (patinho, alcatra ou coxão mole)
3 colheres (sopa) de manteiga
2 colheres (sopa) de farinha de linhaça torrada
2 colheres (sopa) de amêndoas torradas sem pele
2 1/2 colheres (sopa) de sal
2 colheres (chá) de pimenta-síria
1 colher (chá) de canela em pó
óleo de girassol

Modo de Preparo
1. Numa panela média, coloque 3 xícaras (chá) de água fria, metade da cebola picada, 1 colher (chá) de sal e o frango. Leve ao fogo alto. Quando ferver, abaixe o fogo. Deixe cozinhar por 15 minutos com a panela parcialmente tampada. Retire o frango, deixe esfriar e desfie em pedaços grandes. Reserve o caldo, que será usado para cozinhar o arroz.
2. Em outra panela, acrescente o óleo e leve ao fogo alto. Quando estiver bem quente, junte a carne moída e mexa bem até perder o aspecto de crua. Abaixe o fogo, tempere com 1 colher (chá) de sal, 1 colher (chá) de pimenta-síria e a canela. Misture bem e acrescente o arroz integral. Junte o caldo do cozimento do frango e 1 colher (sopa) de manteiga. Deixe cozinhar em fogo baixo, com a tampa entreaberta, por cerca de 1 hora até que o arroz esteja cozido (sem água no fundo da panela). Junte a farinha de linhaça e mexa bem.
3. Tempere os pedaços de frango com 1/2 colher (chá) de sal e 1 colher (chá) de pimenta-síria.
4. Leve uma frigideira grande com as 2 colheres (sopa) de manteiga restantes ao fogo médio. Junte os pedaços de frango e deixe dourar por 10 minutos, virando os pedaços de vez em quando.
5. Para servir, disponha o arroz no centro de uma travessa, os pedaços de frango em volta e salpique tudo com as amêndoas torradas inteiras ou cortadas em lâminas. Sirva imediatamente.

Fonte: http://panelinha.ig.com.br/site_novo/receita/receita.php?id=1605

Novo olhar sobre a África é revelado para a sociedade brasileira em coleção de história

Há pelo menos três milhões de anos, a África vem contribuindo com culturas, conhecimento, técnicas e tecnologias para o mundo. Tudo isso repassado ao longo do tempo não por tribos, como frequentemente se pensa a respeito dos povos africanos, mas por sociedades constituídas e organizadas. Para disseminar entre a população brasileira e entre os países de língua portuguesa essa visão diferenciada sobre o continente africano, a UNESCO no Brasil, o Ministério da Educação, por intermédio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), e a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), lançam no dia 9/12, em Brasília, a edição em português da Coleção História Geral da África.

A obra contribui para a disseminação da história e da cultura africana na educação, e também para a transformação das relações étnico-raciais no país. A intenção é fazer com que professores e estudantes lancem um novo olhar sobre o continente africano e entendam sua contribuição para a formação da sociedade.

Considerada o principal material de referência sobre o assunto, a coleção completa foi editada em inglês, francês e árabe e, pela primeira vez, tem seus oito volumes disponibilizados em português.

Conteúdo

A coleção conta a história da África a partir de uma visão de dentro do continente, usando uma metodologia interdisciplinar que envolve especialistas de áreas como história, antropologia, arqueologia, linguística, botânica, física, entre outros. Seu conteúdo permite novas perspectivas para os estudos e pesquisas a respeito da África e também para a disseminação das relações étnico-raciais no sistema de ensino brasileiro.

Os oito volumes que integram a coleção abordam o continente desde a pré-história até a década de 1980, passando pelo Egito Antigo, por diversas civilizações e dinastias, pelo tráfico de escravos, pela colonização europeia e pela independência dos diversos países. A África é destacada como berço da humanidade e de contribuição fundamental para a cultura e a produção do conhecimento científico mundial.

Além de apresentar uma história desconhecida da maior parte da população brasileira, a obra refuta ideias preconcebidas, como a que afirma que o deserto do Saara isolou norte e sul do continente. A partir do trabalho de pesquisa realizado para a elaboração da coleção, provou-se que, ao contrário, o deserto funcionava como espaço de intercâmbios, integrando o Antigo Egito à dinâmica do continente. Mostra, também, que a África manteve contatos permanentes com a Ásia, o Oriente Médio, a Europa e as Américas. Além disso, rompe com a ideia tradicional segundo a qual o continente africano era formado por tribos e não por uma sociedade organizada.

Por ter um importante papel na diáspora africana – sendo o país que conta com a maior população originária da África – o Brasil integra alguns capítulos da coleção, que abordam a influência africana na cultura brasileira. Mas, dentro da perspectiva inovadora que a obra propõe, o outro lado também é mostrado: os negros que retornaram ao continente após o período da abolição e levaram a cultura brasileira para países como Guiné, Nigéria, Benin e Togo, como pode ser observado na técnica de arquitetura de construções. Além disso, eles tiveram uma influência social, política, econômica e de desenvolvimento nessas regiões.


Base para a transformação

A Coleção é base para pesquisas de especialistas e profissionais de todo o mundo que de alguma forma lidam com a história do continente, bem como subsidia a formação de professores de diversas áreas do conhecimento. Além disso, é fonte para a produção de material pedagógico voltado para as escolas.
A iniciativa contribui para a implementação da lei 10.639/2003 (Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana).

A Coleção da História Geral da África em língua portuguesa será distribuída pelo Ministério da Educação e estará à disposições dos interessados em todas as bibliotecas públicas municipais, estaduais e distritais; nas bibliotecas das Instituições de Ensino Superior, dos Polos da Universidade Aberta do Brasil, dos Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros, dos Conselhos Estaduais ou Distrital de Educação. Os oito volumes estarão disponíveis para download nos sites da UNESCO (www.unesco.org/brasilia/publicacoes) e do Ministério da Educação (www.mec.gov.br/publicacoes) .
Mais informações em http://www.unesco.org.br/  

III FESTIVAL MUNDIAL DAS ARTES NEGRAS

Carlinhos Brown é um dos artistas que participarão do

III Festival Mundial das Artes Negras
Por Joceline Gomes
Faltam poucos dias para o início da grande celebração internacional à cultura negra. O III Festival Mundial das Artes Negras apresentará a visão de uma África livre, criativa e otimista, em contraponto à versão sombria veiculada nas mídias em geral. O Brasil é o convidado de honra desta edição, e o Ministério da Cultura, por intermédio da Fundação Cultural Palmares, ficou encarregado de organizar a delegação que irá ao continente africano.

Símbolo do diálogo entre os povos e as culturas da Diáspora Africana, o III Festival Mundial das Artes Negras acontecerá de 10 a 31 de dezembro próximo no Senegal. A primeira edição, realizada em 1966 em Dakar, capital senegalesa, deu grande visibilidade aos anos de reconquista da dignidade dos povos negros em terras africanas, devolvidas há pouco tempo aos habitantes do continente. A segunda edição, realizada em 1977, foi organizada pela Nigéria.

DELEGAÇÃO BRASILEIRA - O Brasil é a nação com o maior número de negros ou mestiços do mundo, perdendo apenas para a Nigéria. São cerca de 90 milhões de habitantes negros ou afrodescendentes, o que transforma o território nacional em um grande símbolo da diversidade cultural. O País terá uma noite dedicada à exibição de suas riquezas musicais e outras manifestações artísticas.

As atrações envolvem grandes artistas e grupos, como Carlinhos Brown, Chico César, Margareth Menezes e a escola de samba Império Serrano. Espetáculos de dança e paradas populares inspiradas nos tradicionais festivais brasileiros farão vibrar as ruas senegalesas. E, para que a festa seja total, os sabores brasileiros não serão esquecidos. Restaurantes irão sugerir diversos pratos e especialidades brasileiras.

INTELECTUAIS - Além das manifestações artístico-culturais, o III Festival Mundial das Artes Negras incluiu na programação um fórum com intelectuais dos países envolvidos, que debaterão temáticas relacionadas à Renascença Africana. Idealizado e coordenado pelo escritor e vice-presidente da Assembléia Nacional do Senegal, Iba der Thiam, o encontro será encerrado pelo presidente do país, Abdoulaye Wade.


Fonte: http://www.palmares.gov.br/

1º Seminário de História Oral e Saúde

A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) realizará, no dia 25 de novembro, o 1º Seminário de História Oral e Saúde, em São Paulo.
O evento é direcionado a pesquisadores, professores, estudantes e interessados em ciências da saúde, história oral, métodos qualitativos de pesquisa e áreas afins.
O seminário será constituído de conferências e mesas-redondas. “Narrativas em medicina e história oral”, “História oral, humanização e políticas públicas em saúde” e “Tratando a história: história oral e cuidados médicos” serão alguns dos assuntos do encontro.
As inscrições são gratuitas e o evento será realizado no Anfiteatro Jandira Masur da Unifesp, localizado na Rua Botucatu, 862, 1º andar, na capital paulista.

Capazes

Lima Barreto
Carolina Maria de Jesus
Machado de Assis
Gilberto Gil
Milton Nascimento
Naná Vasconcellos
Nilo Peçanha
Teodoro Sampaio
Elbert R. Robinson 
Frederick Jones
Alice Parker
John Standard
João Cândido
Jan E. Matzelinger
Madame C. J. Walker
André Rebouças
Wole Soyinka
Toni Morrison
Wangari Maathai

... continue, a lista de talentos é infinita !

Comida de Santo

“O branco europeu chegou aqui fazendo jejum na Semana Santa. Nós colocamos comida e muito tempero nessa semana e Semana Santa no Brasil é um momento de muita comida e celebração”, fala Vilma Reis, professora da UNEB e membro do SEAFRO.
http://g1.globo.com/acao/noticia/2010/11/africa-influencia-na-culinaria-e-religiao-do-estado.html

DIA 20 DE NOVEMBRO: GRUPOS DE MARACATU DO ESTADO DE SÃO PAULO REALIZAM ENCONTRO NO MUSEU AFRO BRASIL

Oito grupos tradicionais se encontram no Dia da Consciência Negra. Haverá apresentações e Debates. Grátis

 Nos dias 20 e 21 de Novembro, a partir das 13 horas, o Museu Afro Brasil- Organização Social de Cultura e a Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo promovem o Encontro dos Maracatus de Baque Virado de São Paulo com diversas apresentações e debates. Estão confirmadas as presenças dos grupos Cangarussu, Rochedo de Ouro, Bloco de Pedra, Ilê Alafia, Baque Sinhá, Mucambos de Raiz Nagô, Baque do Vale, Arrastão do Beco e Caracaxá. O evento faz parte das comemorações do Dia da Consciência Negra, que marca o relançamento do Livro “A Mão Afro Brasileira – Significado da Contribuição Artística e Histórica” organizado pelo artista plástico, Emanoel Araújo, Diretor-Curador do Museu Afro Brasil, com edição da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo e patrocínio da empresa de energia EDP.

Original do Estado de Pernambuco, a cultura do Maracatu de Baque Virado foi introduzida em São Paulo a partir da década de 60, com o trabalho do poeta-ator-folclorista, Solano Trindade, na cidade de Embu das Artes. A partir de 1997, com o trabalho semeado pelo percussionista Éder Rocha e acompanhado por diversos mestres de Maracatu de Pernambuco, como Walter de França e Shacon Vianna, essa tradição da cultura popular ganha visibilidade no Estado.

Na última década surgiram muitos grupos de Maracatu e ações da sociedade civil relacionadas diretamente aos aspectos culturais do Maracatu de Baque Virado, espalhando-se por São Paulo, Osasco, Santos, Sorocaba, Rosana, Iguape, São Carlos, Rio Claro, Campinas e Embu das Artes.
Programação:
Sábado (apresentações de 45 min. Com 10 min de intervalo):
13h – Preparação
13h45 – Cangarussu
14h40 – Rochedo de Ouro
15h35- Bloco de Pedra
16h30 – Ilê Alafia
Domingo (apresentações de 30 min. Sem intervalo):
13h – Preparação
13h30 – Baque Sinhá
14h – Mucambos de Raiz Nagô
14h30 – Baque do Vale
15h – Arrastão do Beco
15h30 – Caracaxá
16h às 18h – Debates:
1. Raquel Trindade e Família apresentam a história de seu Maracatu e do Teatro Popular Solano Trindade;
2. Apresentação Geral da Trajetória dos Grupos;
3. Organização para o Encontro de 2011;
4. Proposição de Agenda de interesses comuns (Artística e Cultural);
5. Apresentação de iniciativas da Rede: Maracatu.org.br, Encontro Europeu de Maracatus e Associação de Maracatus de Baque Virado de Pernambuco.
Serviço:

Encontro dos Maracatus de baque Virado de São Paulo
Sáb. e Dom. - 20 e 21/11 - das 13h às 18h . Grátis
Museu Afro Brasil - Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº - Pavilhão Padre Manoel da Nóbrega
Parque Ibirapuera - Portão 10

Sobre os Grupos
Cangarussu - http://grupocangarussu.blogspot.com/
Rochedo de Ouro - http://rochedodeouro.maracatu.org.br/

O Rochedo de Ouro é um grupo artístico que vivência a cultura do Maracatu de Baque Virado através de sua música e dança. Um trabalho que valoriza a cultura tradicional, atuando na cidade de São Carlos desde 2002, realizando arrastões pelas ruas de diversos bairros, bem como apresentações em eventos e comemorações. No âmbito da tradição, este trabalho tem como sua principal fonte e estrela guia o Maracatu Nação Estrela Brilhante do Recife. Entendendo a importância da transmissão deste conhecimento tradicional, com seus princípios e particularidades, o grupo Rochedo de Ouro, já organizou seis vivências abertas entre os anos de 2003 e 2009, contando com a vinda de integrantes desse Maracatu para São Carlos – mestre da percussão Walter de França e mestre da dança Maurício Soares – e Eder Rocha quando realizaram cursos, oficinas de música e dança e palestras sobre o tema.

Bloco de Pedrahttp://blocodepedra.com.br/
Fundado na cidade de São Paulo no ano de 2005, o Grupo Maracatu Bloco de Pedra é formado por cerca de 150 pessoas de todas as idades. O grupo trabalha especificamente com a cultura do Maracatu de Baque Virado, uma manifestação secular da cultura popular e tradicional do Brasil.

Ilê Alafia - http://www.maracatuilealafia.com.br/
Baque Sinhá - O Baque Sinhá é um grupo feminino, que propõe uma releitura do maracatu de baque virado, de origem pernambucana, bem como sua dança e canto. O grupo se uniu, primeiramente com o objetivo de fazer apenas um evento em homenagem ao dia da mulher, e com o passar do tempo vimos que era muito maior que isso, a nossa união e força nos encorajaram a fundar um grupo de maracatu, que em 21 de Fevereiro de 2010 se consolidou. Hoje estamos com aproximadamente 15 integrantes oriundas de outros grupos de maracatu do estado de São Paulo. Só mulheres tocam no Baque Sinhá, mas temos o auxílio dos entitulados “Cavaleiros” , que nos dão apoio nas apresentações, como fotógrafos, dançarinos e amigos.
Baque do Vale - http://baquedovale.com.br/

Arrastão do Beco - http://arrastaodobeco.blogspot.com/
O Arrastão do Beco é um grupo brincante de música percussiva da zona Sul de SP fundado em 2007, que trabalha com diversas linguagens dos folguedos populares. Dissemina através dos toques, cantos e danças a cultura das manifestações afro-brasileiras baseadas nas congadas, nos cocos de roda, nas cirandas, nos candomblés das nações de Angola e Kêtu, e principalmente nos maracatus de baque virado, sendo esta última manifestação a sua identidade principal.

Caracaxá - http://ciacaracaxa.maracatu.org.br/
Endereço: Av. Pedro Álvares Cabral, s/ nº
Parque Ibirapuera- Portão 10
São Paulo- SP - Brasil
http://www.museuafrobrasil.org.br/

Projeto "Que país é este?" enfoca Moçambique

A República de Moçambique e a sua contribuição para a formação da cultural brasileira são os temas do projeto ''Que país é este?'' do mês de novembro. As atividades programadas vão propiciar um mergulho nas tradições e riquezas deste país africano.

Para o professor-doutor Carlos Subuhana, convidado pelo Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso para ser o curador, deste mês, do projeto Que País É Este?, que enfoca a República de Moçambique, a contribuição dos africanos na cultura nacional tem sido um elemento fundamental na formação da identidade do povo brasileiro. “É impossível pensar o Brasil nos mais diversos aspectos, como cultura e religião, sem levar em conta essa importante influência, que se estende ao longo dos últimos quatro séculos”, afirma o curador.

Com o objetivo de proporcionar um mergulho na riqueza das tradições socioculturais, da literatura e história, o evento promove atividades como palestras, encontros, oficinas e sarau, que mostram parte da diversidade e da complexidade presente no continente africano.
Entre os convidados está Ungulani Ba Ka Khosa, considerado um dos 100 melhores escritores africanos do século XX. O autor conversa com o público, e seu livro Ualalapi (1987) serve como base para que a doutoranda em Letras, Luana Antunes, comente alguns recursos estético-discursivos utilizados por ele. Dividida em seis episódios, a obra, ganhadora do grande prêmio de ficção moçambicana em 1990, conta a história de um guerreiro destinado a matar um rei (“hoi”, em idioma Tsonga). Com a morte deste, o irmão assume seu lugar. Khosa publicou também obras como Orgia dos loucos (1990), No reino dos Abutres (2001) e Choriro (2009).

Entre os temas abordados em outras palestras do evento estão Moçambique, história e cultura, com o pesquisador Rafael Chivuri, e A Mulher moçambicana, com Lidia Justino Mondlane, fundadora da Associação Nacional dos Enfermeiros de Moçambique. Em Tecidos e identidades africanas, a antropóloga Luciane Silva fala sobre o significado das túnicas africanas conhecidas como capulanas, e as mensagens sociais que os diferentes tecidos empregados em suas confecções transmitem.
Haverá, ainda, uma oficina em que as moçambicanas Leonilda Muatiacale e Bernadete João ensinam como fazer as tranças que enfeitam as cabeças de homens e mulheres; um sarau com danças, músicas e contos do país; e um encontro com o objetivo de estreitar laços entre o Brasil e Moçambique.
O evento ocorre entre os dias 14 e 17 de novembro e, para participar, é necessário fazer inscrição.
Confira a Programação:
QUE PAÍS É ESTE?: “MOÇAMBIQUE”
Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso. Zona Norte. Grátis
Curadoria: Carlos Subuhana (moçambicano com pós-doutorado em Antropologia pela Universidade de São Paulo).
Inscrições na recepção do CCJ.

 
CAFÉ CULTURAL: “UNGULANI BA KA KHOSA E A CIRANDA DAS VOZES”
Com Luana Antunes Costa (doutoranda em Letras pela USP e autora do livro Pelas águas mestiças da história: uma leitura de “O outro pé da sereia” de Mia Couto).
A partir de leitura da obra Ualalapi, de Ungulani Ba Ka Khosa, a pesquisadora apresenta alguns dos recursos estético-discursivos que são pilares da escrita do autor moçambicano.
50 vagas. Espaço Sarau. Dia 14, das 14h às 16h

DIÁLOGOS: “UNGULANI BA KA KHOSA”
Parceria: Sistema Municipal de Bibliotecas e Biblioteca São Paulo.
Pela segunda vez no Brasil, o escritor moçambicano, autor dos livros Ualalapi, vencedor do grande prêmio de ficção moçambicana em 1990, Orgia dos loucos e outros, conversa com o público sobre a produção literária em seu país e sobre sua trajetória como escritor.
50 vagas. Espaço Sarau. Dia 14, das 16h às 18h
MOÇAMBIQUE – HISTÓRIA E CULTURA
Com Rafae Chivure (mestrando em Relações Internacionais pela Universidade Estadual Paulista).

O pesquisador apresenta um panorama sobre a evolução histórica e a diversidade cultural de Moçambique. O documentário Moçambique, produzido pela produtora Videografia em parceria com a TVE Brasil, é exibido antes da palestra.
50 vagas. Espaço Sarau. Dia 21, das 14h30 às 17h

TECIDOS E IDENTIDADES AFRICANAS
Com Luciane Silva (professora e antropóloga com especialização em diáspora africana pela Universidade de Maryland, EUA).
Na África, os diferentes tecidos servem como articuladores das percepções de gênero, geração, etnicidade, filiações política e nacional entre os povos. No vestuário, o pano é também palavra, portador de mensagens sociais. Neste encontro, a antropóloga mostra as produções têxteis industriais do continente, com recorte específico nas capulanas de Moçambique e seus significados.
50 vagas. Espaço Sarau. Dia 21, das 17h às 18h30

INTERCONEXÕES HUMANAS
Realização: Instituto Voz, Liga dos Direitos Humanos (LDH) e Centro Cultural Brasil Moçambique (CCBM).

Encontro com o objetivo de estreitar laços entre Brasil e Moçambique em produção colaborativa audiovisual, difundir a produção, fomentar e promover trocas na perspectiva de envolver outros protagonistas e construir políticas públicas entre a Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP).


50 vagas. Espaço Sarau. Dia 27, das 10h às 14h

OFICINA: “TRANÇAS MOÇAMBICANAS – ALIANDO ESTILO, MODA E BELEZA”
Coord.: Leonilda Muatiacale (moçambicana de Tete e doutoranda em Comunicação e Semiótica) e Bernardete João (moçambicana da Zambézia e licenciada em Pedagogia).
Desde pequenas, as meninas moçambicanas aprendem a fazer tranças em casa como brincadeira. Depois, compreendem que, aliadas às vestimentas e adornos, as tranças são uma verdadeira arte na cabeça de mulheres e homens que primam pela beleza, moda e pelo estilo próprio de acordo com a sua personalidade.
20 vagas. Mirante. Dia 27, das 11h às 13h

A MULHER MOÇAMBICANA
Com Lidia Justino Mondlane (mestra em Ciências de Educação e fundadora da Associação Nacional dos Enfermeiros de Moçambique).
A pesquisadora fala sobre a mulher moçambicana no campo, no mercado de trabalho e na política e apresenta sua transição e presença na construção do país.

50 vagas. Espaço Sarau. Dia 27, das 14h30 às 16h


COISAS DE MOÇAMBIQUE
Produção: Tânia Piffer e Sandra Lessa (Senhora Cia. de Arte).

Sarau que apresenta a cultura tradicional moçambicana por meio de contos, músicas e danças. No final do encontro, ocorre um desfile de capulanas com Julieta e Delicia Catarina.

100 vagas. Espaço Sarau. Dia 27, das 17h às 19h

Serviço
Que País É Este?
Data: 14 e 17 de novembro
Local: Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso. Endereço: Av. Deputado Emílio Carlos, 3.641, Vila Nova Cachoeirinha - São Paulo - Brasil

Telefone: 3984-2466
Grátis

XII Festa do Livro da USP

Para quem estiver em SP, vale conferir a XII Festa do Livro da USP, que se realizará de 24 a 26 de novembro das 9h às 21h, no saguão do prédio da Geografia e História, sito à Av. Lineu Prestes, 338, Cidade Universitária, São Paulo, SP.

Oportunidade para adquirir com descontos muito bons, às vezes com 50% ou mais.

Memória da educação paulista

O Arquivo Público do Estado de São Paulo acaba de lançar o Memória da Educação, um novo site temático sobre a educação paulista que abriga documentos raros dos séculos 19 e 20.

O site é direcionado a pesquisadores e interessados em história da educação. São disponibilizados relatórios, dados estatísticos, instruções pedagógicas, revistas, trabalhos escolares, além de imagens e outros documentos raros.

Cada documento traz um pouco da história da educação no campo, na cidade e no litoral, contada por alunos, professores, inspetores, diretores.
A partir deles, é possível conhecer melhor os métodos pedagógicos, as modificações na estrutura física e patrimonial da educação pública e diversos aspectos da vida cotidiana da sociedade, por meio de suas relações com o meio escolar.

Fatos históricos marcantes – como a utilização dos prédios de vários grupos escolares e escolas como quartéis nas Revoluções de 1930 e 1932 – são destacados.
O site traz também curiosidades da época, como uma prova realizada pela aluna Maria Carolina Marins, matriculada em 1896 no 4º ano do Grupo Escolar Antonio Padilha, em Sorocaba, interior de São Paulo.

Na prova da aluna são apresentados os conhecimentos adquiridos pela aluna no decorrer do ano letivo. A prova dissertativa, aplicada ao fim de cada ano, baseava-se em teste escrito sobre disciplinas escolares como física, botânica, mineralogia, língua estrangeira, língua portuguesa e música, entre outras áreas.
Segundo o Arquivo Público, novos documentos serão acrescentados gradativamente, cobrindo outros períodos e níveis de ensino.
 
Fonte: Agência Fapesp

Contadores de Estórias Miguilim de Cordisburgo

Miguilins: muita estória para contar


Por Carlos Jáuregui e Flávia Ayer
Miguilim, personagem de Guimarães Rosa, transpôs as barreiras da ficção e ganhou as ruas da pequena Cordisburgo, terra natal do escritor. Em 1995, foi fundado o Grupo de Contadores de Estórias Miguilim, que narra contos da obra de Guimarães Rosa. “O nosso objetivo é facilitar Guimarães Rosa, é mostrar para as pessoas que ele pode ser lido”, afirma Fábio Barbosa, de 25 anos, integrante da primeira turma de Miguilins.

Atualmente, o Grupo possui cerca de 40 integrantes, entre 11 e 25 anos. A preparação para contar estórias inclui o estudo da biografia e obra de Guimarães Rosa, a aprendizagem da técnica de “contação” de estórias, além de regras de comportamento.

A fundadora do Grupo Miguilim, Calina Guimarães, prima de Guimarães Rosa, afirma que “o trabalho com a contação de estórias dá aos Miguilins muita firmeza e responsabilidade na profissão. Eles se dedicam mesmo”. Calina completa: ”sem eles eu não vivo não”, emocionada após mais uma apresentação do Grupo, durante a Semana Roseana, que aconteceu de 4 a 10 de julho, em Cordisburgo.

http://www.manuelzao.ufmg.br/festivelhas1/salaimprensa/miguilim.htm

Balada Literária acontece de 18 a 21 de novembro

Entre os dias 18 e 21 de novembro acontece a Balada Literária, em diversos pontos da Vila Madalena, na Zona Oeste.


A BALADA LITERÁRIA completa cinco anos. E se consolida como um dos mais importantes e descontraídos eventos literários do país. É quase uma centena de artistas, nacionais e internacionais, em mesa de debate, em mesa de bar, no palco, trocando ideias, festejando lançamentos.
A homenageada desta edição é a escritora paulistana LYGIA FAGUNDES TELLES, que tem toda a sua obra relançada pela Companhia das Letras - como o romance As Meninas e o livro de contos Antes do Baile Verde.
"Desde o ano passado anunciamos esta celebração à grande Lygia. Ela aceitou com alegria o brinde que, agora, vamos levantar para ela", diz o escritor pernambucano Marcelino Freire, criador e organizador do evento, ao lado da Livraria da Vila e da Ato Cidadão e com o apoio da Biblioteca Alceu Amoroso Lima, Centro Cultural b_arco, Edith, Itaú Cultural, Goethe-Institut, SESC Pinheiros, Teatro Brincante, Teatro da Vila e do bar Mercearia São Pedro.
Desde 2006 a BALADA LITERÁRIA já reuniu, entre outros, Adélia Prado, Angeli, Chico César, Cristovão Tezza, David Toscana, Efraim Medina Reyes, Francisco Alvim, João Gilberto Noll, João Ubaldo Ribeiro, José Luandino Vieira, José Luís Peixoto, Luis Fernando Verissimo, Laerte, Márcio Souza, Mario Bellatin, Mário Prata, Paulo Lins e Tony Belotto.
Desta vez, de 18 a 21 de novembro, estarão na Vila Madalena Alberto Manguel, Antonio Nóbrega, Alice Ruiz, Augusto de Campos, Beth Goulart, Botika, Cid Campos, Emicida, Eunice Arruda, Jorge Furtado, José Castello, Luiz Antonio de Assis Brasil (que também coordenará uma oficina de criação), Marcelo Rubens Paiva, Siba e Vitor Ramil, etc.
De novidades para esta edição, Freire destaca a homenagem que será feita ao editor Massao Ohno, ao poeta Roberto Piva e ao escritor e ator Alberto Guzik, mortos este ano.
Também merecem destaque a apresentação da peça "Los Críticos También Lloran", baseada na obra do chileno Roberto Bolaño e encenada por um grupo que reúne autores/atores espanhóis e venezuelanos, e a presença do escritor alemão Ulrich Peltzer, que inaugurará a parceria da BALADA LITERÁRIA com o Goethe-Institut.

Ver programação  http://baladaliteraria.zip.net/


Portinari na internet e para todos

Por Fábio de Castro


Pesquisador das áreas de engenharia de telecomunicações e de matemática, João Candido Portinari deixou a carreira acadêmica de lado há 35 anos, quando decidiu se dedicar integralmente a um projeto grandioso: localizar, digitalizar e catalogar as mais de 5 mil obras de seu pai, Candido Portinari (1903-1962), um dos principais artistas brasileiros.

O Projeto Portinari conseguiu disponibilizar em forma digital praticamente toda a obra do artista. De acordo com João Candido, a iniciativa é uma forma de corrigir uma consequência perversa da importância e do reconhecimento da obra de seu pai: com a maior parte de seus quadros dispersa em coleções privadas de todo o mundo, o pintor que dedicou sua vida a retratar o povo tem sua obra inacessível ao público geral.
Depois de 20 anos de pesquisas, qualificadas por João Candido como “um verdadeiro trabalho de detetive”, toda a obra foi catalogada. Nos últimos 13 anos, o Projeto Portinari tem divulgado a obra do pintor por todo o Brasil, realizando exposições itinerantes em comunidades afastadas, com foco especial nas crianças.
O próximo passo do projeto será grandioso: trazer de volta ao Brasil, temporariamente, a obra Guerra e Paz: dois painéis de 14 metros de altura que foram concebidos especialmente para a sede das Nações Unidas, em Nova York.

Com a sede passando por uma grande reforma, o Projeto Portinari conseguiu a guarda dos dois painéis até 2013. A obra, concluída em 1956, foi a última de Portinari e causou sua morte. Durante os cinco anos em que trabalhou nos painéis de 140 metros quadrados, o pintor já estava intoxicado pelo chumbo das tintas a óleo. Ele morreria no início de 1962 em decorrência do envenenamento.

 
Considerada pelo próprio Portinari como sua melhor obra, os painéis de Guerra e Paz serão apresentados em dezembro, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, cidade onde foram apresentadas ao público brasileiro por uma única vez antes de serem embarcados para os Estados Unidos, há 53 anos. Em seguida, serão submetidos a uma restauração que poderá ser acompanhada pelo público, em processo que levará alguns meses. Após o restauro, passarão por diversas cidades, acompanhados de 120 estudos preparatórios executados por Portinari entre 1952 e 1956.
No dia 21 de outubro uma exposição com as 25 obras de Portinari que ilustram o Relatório de Atividades FAPESP 2009 foi inaugurada na sede da Fundação, em São Paulo. Na ocasião, João Candido concedeu à Agência FAPESP a seguinte entrevista:
Agência FAPESP – O Projeto Portinari fez a digitalização de praticamente todas as obras de seu pai. Quais foram as dificuldades encontradas para realizar o levantamento de uma obra tão extensa?

João Candido Portinari – De fato é uma obra extensa. Conseguimos catalogar mais de 5 mil obras. Esse número correspondia à estimativa que tínhamos, antes de iniciar o trabalho, de que ele teria produzido um trabalho a cada três dias, em média, durante cerca de 40 anos, incluindo os grandes painéis e murais que levavam vários meses ou anos para ser realizados. Quando começamos o levantamento, a situação era dramática, pois o paradeiro da maioria das obras era desconhecido, não havia nenhum museu, nenhum catálogo e os livros sobre sua vida e obra estavam esgotados.. Foi um trabalho de detetive que consumiu muitos anos, porque se trata de uma obra dispersa não só em coleções privadas do Brasil, mas em vários países. Encontramos obras nas Américas, na Finlândia, na antiga Tchecoslováquia, no Canadá, na África do Sul, em Israel, no Haiti e em muitos outros países.

 
Agência FAPESP – Quanto tempo levou esse processo?

João Candido– Essa fase de atividade de rastreamento, localização, catalogação e digitalização consumiu inteiramente os primeiros 20 anos do projeto. Foi uma aventura que só teve sucesso graças à solidariedade da sociedade brasileira. Esse trabalho imenso não se restringiu apenas ao levantamento das obras, conseguimos também reunir mais de 30 mil documentos.

Agência FAPESP – Qual é a natureza dessa documentação?

João Candido – Todo tipo de documento, incluindo 9 mil cartas que Portinari trocou com intelectuais e artistas de sua época, como Mario de Andrade, Manuel Bandeira, Graciliano Ramos, José Lins do Rego, Luís Carlos Prestes, Heitor Villa-Lobos, Cecília Meirelles, Jorge Amado, Carlos Drummond de Andrade e muitos outros. É um tesouro extraordinário. Além disso, temos 12 mil recortes de periódicos que vão de 1920 até os dias de hoje. Além de compilar esse material, também produzimos novos documentos. Fizemos um programa de história oral que, ao longo de anos, entrevistou 74 contemporâneos de Portinari. Disso resultaram 130 horas gravadas em vídeo, que não se restringem a comentar sobre Portinari ou arte, mas também abordam preocupações estéticas, culturais, sociais e políticas daquela geração. Tudo isso está consubstanciado em um site, onde qualquer um pode encontrar toda a documentação.
Agência FAPESP – O Projeto Portinari tem uma sede física ou se concentra no universo virtual?

João Candido– Nossa sede fica na PUC-RJ, no Rio de Janeiro, mas você tem razão em dizer que se trata de algo primordialmente virtual. O projeto poderia estar em qualquer lugar, pois não temos nenhuma obra original, apenas reunimos os conteúdos e a pesquisa sobre o artista. Projetamos criar, no futuro, um Museu Portinari, no qual o público pudesse ter contato, em um só lugar, com toda a obra do artista. Faríamos isso com reproduções impressas em alta definição. Avaliamos que reunir reproduções de alta qualidade das 5 mil obras sairia mais barato do que fazer um museu com apenas dez obras originais. Foi o que a FAPESP fez com a exposição de reproduções atualmente em sua sede.

Agência FAPESP – Podemos dizer que, em relação ao tamanho de sua obra, Portinari é pouco conhecido?

João Candido – Sim, essa foi uma das principais motivações para o projeto e é também o que nos inspira o sonho de um dia ter um Museu Portinari. Meu pai dizia que sua obra era dedicada ao povo, mas o destino dela foi vítima de uma ironia perversa: hoje, o povo não tem acesso à sua obra, que está dispersa em coleções privadas e museus em várias partes do planeta. Isso motivou o questionamento de Antonio Callado: "segregado em coleções particulares, em salas de bancos, Candinho vai se tornando invisível. Vai continuar desmembrado o nosso maior pintor, como o Tiradentes que pintou?".

Agência FAPESP – Com a conclusão da catalogação e digitalização das obras, o Projeto Portinari cumpriu sua missão?

João Candido – Não, pelo contrário, consideramos que o verdadeiro trabalho começou a partir do momento em que tivemos todos os conteúdos levantados, catalogados, cruzados entre si e pesquisados minuciosamente. Desde então, passamos a desenvolver uma série de ações. A mais importante delas é o trabalho com crianças, realizado nos últimos 13 anos: o Brasil de Portinari.

Agência FAPESP – Como é desenvolvido esse trabalho?

João Candido– Percorremos escolas, centros culturais e prefeituras em todos os estados brasileiros. Visitamos também hospitais, populações ribeirinhas e presídios. Mas a prioridade é apresentar o trabalho às crianças. Realizamos, por exemplo, uma excursão no Pantanal recebendo crianças para uma exposição em um barco. Em 2009, fizemos uma parceria com a Marinha e percorremos o Amazonas e seus afluentes, ficando 19 dias no rio Purus. Nos navios, moradores de povoados muito precários têm contato com a obra de Portinari e recebem assistência médica e odontológica, tiram documentos, entre outras atividades.

Agência FAPESP – Como é a reação das crianças?

João Candido – Às vezes as crianças têm uma percepção visual bem mais aguçada que a dos adultos. Eles se envolvem muito e entendem imediatamente o que diz o pintor. O resultado tem sido de um sucesso extraordinário. Procuramos incentivar a criança a uma reflexão crítica sobre a realidade do mundo. A ideia é colocá-los em contato com a obra de Portinari e sua poderosa mensagem de não-violência, de fraternidade, de solidariedade, de compaixão e de respeito pelo sagrado da vida. Nada disso seria possível com uma obra que não tivesse a força do trabalho de Portinari.
Agência FAPESP – Podemos dizer que a força do trabalho de Portinari vem da preocupação com a questão social?

João Candido – Sim e isso é muito interessante. O trabalho do meu pai foi caracterizado por um experimentalismo incessante – a ponto de críticos dizerem que em sua obra há uma dezena de pintores diferentes. Mas a temática é sempre a mesma: a profunda preocupação social. Ele foi mudando o estilo e a forma de expressão. Dava importância à técnica, dizia que sem ela é impossível expressar o que vai na alma, mas destacava que seu tema era o homem. Está presente invariavelmente em sua obra esse desejo profundo de solidariedade e de compaixão.

Agência FAPESP – O excluído é o personagem central da obra do pintor?

João Candido – O excluído é um personagem absolutamente central. Ele vivia em uma região cafeeira do interior paulista que era passagem de retirantes que vinham do Nordeste. Isso impressionou de forma indelével as retinas daquele menino que presenciou a tragédia das famílias que viajavam em condições desumanas. Essa experiência despertou nele, de forma muito precoce, um sentimento de solidariedade incondicional com o excluído. Eu diria que esse sentimento solidário – e de revolta e denúncia contra a violência e as injustiças – é uma das características mais fundamentais para compreender Portinari. Esse foco na exclusão encontraria sua síntese máxima em sua última obra, os monumentais painéis Guerra e Paz. Ali, o excluído é a espécie humana inteira, submetida ao flagelo da guerra e excluída da paz.

Agência FAPESP – Quais são os outros temas importantes em Portinari?

João Candido – A partir desse eixo da preocupação com a exclusão social, a temática dele é muito abrangente, abordando questões universais e trazendo também um grande retrato do Brasil. Algo que pouca gente sabe, por exemplo, é que Portinari foi um dos maiores pintores sacros do mundo. É extraordinário como pintou tantas vezes o Cristo e as cenas bíblicas. Uma produção sacra que levou Alceu Amoroso Lima – grande pensador católico – a levantar um intrigante paradoxo: como um pintor comunista como Portinari fazia a pintura sacra com tanto fervor.
Agência FAPESP – Trata-se de fato de um paradoxo?

João Candido – O próprio Amoroso Lima concluiu que não havia paradoxo quando foi a Brodowsky, cidade natal de Portinari, visitar sua casa. Conhecendo a mãe, a avó e as tias do pintor, compreendeu que se tratava de uma típica família matriarcal italiana, de católicas fervorosas. E percebeu que não havia contradição: Portinari era um homem de um misticismo ancestral e nunca abandonou isso. Ele se recusou a seguir as diretivas do Partido Comunista Russo, de que os pintores socialistas deviam seguir os cânones do realismo socialista. Luis Carlos Prestes, que era seu amigo, teve a grandeza de perceber essa dimensão e não fazer qualquer restrição ao meu pai no Partido Comunista.

Agência FAPESP – Além da temática religiosa, o que é mais presente em sua obra?

João Candido – Por tomar para si o partido do desfavorecido, Portinari se tornou um dos maiores pintores de negros das Américas. Isso foi dito por Assis Chateaubriand, que escreveu um texto sobre a presença da África na obra de meu pai: "Portinari é o maior e mais fantástico pintor de negros que ainda viu a espécie humana. Ele sente a África com sua magia, os seus mistérios, a sua volúpia, como nenhum outro artista do pincel". A infância também é um tema recorrente. A infância está em sua obra poética, lírica. Porque é uma infância do interior do Brasil, que, apesar de ser pobre é passada sob as estrelas, no mato, brincando na rua, com animais. Isso está na obra dele de forma riquíssima, impregnada de poesia. Outro elemento é o trabalho. O trabalhador é um tema que percorre toda a sua trajetória. Tudo isso foi abordado de uma forma que apresenta sempre uma dialética entre o drama e a poesia, entre a fúria e a ternura e entre o trágico e o lírico. Em qualquer ponto da trajetória de Portinari veremos essa dialética.
Agência FAPESP – O senhor é pesquisador do ramo de engenharia de telecomunicações. Como foi sua carreira acadêmica? Ainda atua na área?

João Candido – Estudei matemática na França e lá prestei concurso para escolas de engenharia e me formei em telecomunicações. Fiz o doutoramento no Instituto de Tecnologia de Massachussetts (MIT), ainda na área de engenharia elétrica, mas já com meu interesse todo voltado, novamente, para matemática. Terminando o doutoramento, depois de dez anos fora do Brasil, em 1966 fui convidado pela PUC do Rio de Janeiro para ajudar a criar seu Departamento de Matemática. Eu tinha 28 anos. No ano seguinte fui diretor do departamento e fiquei 13 anos totalmente absorvido na pesquisa, ensino e administração. Em 1979 concebemos o Projeto Portinari. Rapidamente vi que seria impossível conciliar as duas atividades, porque o projeto ia se desdobrando e, infelizmente, tive que abrir mão da matemática.

CONTOS COMPLETOS DE LIMA BARRETO

A importância de Lima Barreto (1881-1922) na literatura brasileira tem sido objeto de sucessivas reavaliações. A oralidade despojada de seus textos e o tom memorialista e de crônica jornalística foram duramente criticados por contemporâneos como José Verissimo e, ao mesmo tempo, serviram de atrativo para as vanguardas modernistas. Embora tenha morrido cedo, aos 41 anos, Lima Barreto deixou uma importante produção de romances, crônicas e contos.

Com organização, introdução e notas de Lilia Moritz Schwarcz, esta edição reúne os 149 contos do autor, resgatados por meio de pesquisas em manuscritos, edições originais, jornais e revistas da época. Tanto os contos menos conhecidos quanto alguns mais famosos, como “A Nova Califórnia” e “O homem que sabia javanês”, ressaltam o aspecto autobiográfico que, segundo a organizadora, perpassa toda a carreira de Lima Barreto.

Testemunha ocular das convulsões políticas e sociais da República Velha, Lima Barreto foi um dos primeiros escritores a assumir sua negritude no Brasil. Ativista simpático ao anarquismo, descendente de escravos e protegido do Visconde de Ouro Preto, inseriu-se no mundo intelectual mas foi considerado um escritor de segunda categoria. Análises posteriores, como a do professor Antonio Candido, diriam que Lima Barreto é um autor “vivo e penetrante”. E sua inclusão tardia no cânone dos grandes ficcionistas da língua portuguesa seria apenas uma das muitas contradições que caracterizaram sua vida e obra.

Ao rever sua produção literária cem anos depois da publicação de Recordações do escrivão Isaías Caminha, seu primeiro romance, o que vemos é o gênio rebelde eternizado pela fúria quixotesca de Policarpo Quaresma e nas manifestações mais livres e reveladoras de seus contos.

CONTOS COMPLETOS DE LIMA BARRETO
Organização: Lilia Moritz Schwarcz
Páginas: 720
R$ 48,00
Companhia das Letras
http://www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=12781

África e Brasil em língua, literatura oral e música:da voz às imagens

Curso de Difusão Cultural, gratuito
Responsável: Profa. Dra. Marta Heloisa Leuba Salum
Ministrante: Dr. André Paula Bueno

Local:  Museu de Arqueologia e Etnologia - SP
Período do curso: de 03/11 a 24/11/2010
Às quartas-feiras das 14h00 às 17h00 – Sala de Atividades do MAE
30 vagas (IMPORTANTE: As vagas serão preenchidas por ordem de chegada)

Inscrições na Seção Acadêmica do MAE de 15/10/2010 a 29/10/2010 (Horário: Das 9h às 12h e das 14h às 17h)

Documentos exigidos: cópias frente e verso, legíveis, do RG, CPF (não aceitamos Carteira de Habilitação) e preenchimento da ficha de inscrição.

Serão aceitas inscrições por procuração simples.

MUSEU DE ARQUEOLOGIA E ETNOLOGIA - USP
Av. Prof. Almeida Prado, 1466 – Cidade Universitária – São Paulo, CEP.05508-070
Informações: (11) 3091-4906 ou
sacadmae@usp.br 

Brasil lança pitching para 2ª temporada do programa “Nova África”

O objetivo é divulgar a realidade africana, buscando aproximar o Brasil e os brasileiros dos povos africanos

A EBC – Empresa Brasil de Comunicação/TV Brasil lança, hoje (13/10), o seu quinto edital para a seleção de programas através de concursos públicos, os pitchings. Desta vez, para a produção da segunda temporada da revista semanal jornalística sobre o continente africano, intitulada “Nova África”. O objetivo principal do concurso, destinado aos produtores independentes, é divulgar a realidade africana, buscando aproximar o Brasil e os brasileiros dos povos africanos.

A primeira temporada do programa Nova África, composta por 30 episódios, foi produzida pela produtora Baboon, vencedora de uma licitação técnica e preço. Já foi exibida pela TV Brasil e está sendo reprisada. A nova temporada terá 26 episódios de 26 minutos de duração cada um. Para a sua produção, a EBC-TV Brasil dispõe-se a pagar ao vencedor o custo total de R$ 2.392.000,00, correspondendo a um valor de R$92.000,00 por episódio. Os programas deverão ser realizados em, pelo menos, 30 dos 52 países africanos, com preferência para os países que adotam a língua portuguesa.

Pelas regras estabelecidas, o vencedor firmará um contrato de co-produção com a EBC. Não podem participar do concurso as empresas que se encontrem sob falência, concordata, concurso de credores, que tenham sido declaradas inidôneas ou que estiverem respondendo a processo por infração à legislação das licitações públicas.

A série vencedora deve se dirigir ao público em geral, com classificação etária livre, conforme os critérios estabelecidos na Portaria nº 1.220, de 11 de julho de 2007, elaborada e publicada pelo Ministério da Justiça.

A EBC/TV Brasil já realizou outros concursos para a seleção de programas produzidos pelo setor audiovisual do país. O primeiro pitching escolheu o programa “Sustentáculos“, que já está sendo exibido toda segunda-feira na TV Brasil. Outros concursos selecionaram séries que vão abordar os temas “Sábados Azuis: Histórias de um Brasil que dá certo” e “Mulher: Questões de Gênero e Assuntos Contemporâneos”, que estão em fase de produção. Mais informações sobre o pitching da segunda temporada da série Nova África podem ser obtidas em http://www.tvbrasil.org.br ou http://www.ebc.com.br

Edital - http://www.tvbrasil.org.br/novidades/wp-content/uploads/2010/10/3-pitching-nova-africa.pdf

Fonte: http://www.tvbrasil.org.br/novidades/?p=5581

Curso gratuito de Artes Visuais

Por meio  de aulas práticas e teóricas, visitas, exposições, os
alunos terão orientação em pintura, desenho, fotografia, vídeo,
performance. Não há necessidade de conhecimento prévio.

Professora: Talita Caselato
Todas as 5as. feiras, a partir de 14/out até 25 de nov/2010.
Horário das aulas: 15hs às 18hs. Inscrição por telefone (11) 2295 3447, ou pessoalmente na biblioteca.

Gratuito.Somente 20 vagas.
-Acima de 14 anos
-Não há necessidade de conhecimento
-turmas as quintas-feiras 15h ás 18h
-Inicio das aulas 14/10/2010
-Término das aulas 25/11/2010


BIBLIOTECA HANS CHRISTIAN ANDERSEN
AV. Celso Garcia, 4142 Tatuapé
Email: bmhanscandersen@yahoo.com.br
BLOG: http://bibliotecacontosdefadas.wordpress.com/



Arte Africana

Livros

Neste livro, apresentamos a arte africana, termo que os estudiosos ocidentais encontraram para englobar toda a produção artística tradicional das centenas de povos que vivem nas dezenas de países da África Negra. Não teríamos como mostrar a arte de tantos povos, com culturas, línguas, dialetos e religiões diferentes em um só livro. Por isso, selecionamos alguns exemplos de arte que nos pareceram mais interessantes, mais bonitos, mais significativos em materiais tão diversos como argila, metal e madeira.


Tìtulo: Arte Africana
Autor: Hildegard Feist
Editora: Moderna
32 páginas
20,50 X 20,50 cm
ISBN: 9788516066925

“Entre a diversidade e a identidade: Encontros com a Literatura Brasileira Contemporânea” – Literatura e Crítica – 3ª Etapa

CCBB/RJ e BibliASPA promovem a exposição “Islã” que abrange um período de 1500 anos, uma viagem que vai do séc. VII ao XXI.

É a primeira vez que uma exposição desse porte, com mais de 300 peças, acontece na América Latina. Oportunidade ímpar para conhecer uma cultura que tem relações históricas com o Brasil. Evento acontece de 12 ao dia 31 de outubro no RJ


Há quatro anos a Biblioteca e Centro de Pesquisa América do Sul-Países Árabes – BibliASPA - vinha negociando uma exposição com Damasco, visando uma proposta de cooperação arqueológica que inclui missões arqueológicas brasileiras na Síria, publicação de artigos científicos e cursos de arqueologia a realizar-se na sede da instituição, em SP . Com o intuito de refletir a diversidade cultural islâmica, também estarão expostas obras do Irã, Arábia Saudita, Marrocos, Mali, Mauritânia, Líbia, Líbano, Burkina Faso, Níger, Nigéria e Brasil.

Os muçulmanos interagiram com muitas culturas e populações de religiões distintas. Assim, as identidades islâmicas são múltiplas, pois foram incorporadas e reelaboradas tradições de regiões fundamentais como a África, os países árabes (tanto africanos quanto asiáticos) e a Ásia em geral. Do Atlântico ao Índico, a presença muçulmana envolve reflexões e percepções variadas que refletem essa diversidade cultural.

Mas o conceito de arte islâmica nesta exposição não se refere a uma arte necessariamente vinculada a questões religiosas. Ao contrário do que se imagina quando se pensa em arte “cristã” ou “budista”, a intenção não é mostrar apenas objetos ligados ao espaço do sagrado.


Justamente por isso, quer-se observar como utensílios do cotidiano, obras em cerâmica, madeira, metal ou vidro, entre outros materiais, aliam a praticidade ao requinte formal. Mesmo em objetos do cotidiano, pode haver referências religiosas marcadas, como inscrições religiosas, alusões a ditos e ensinamentos islâmicos, entre outros, mas esse não foi um critério de seleção excludente.

“Há um dito muçulmano que anuncia: “Deus é belo e aprecia a beleza”. Isso demonstra que, sob o prisma islâmico, o belo deve ser admirado e almejado em diferentes contextos, não apenas quando retrata aspectos religiosos. No Islã, Deus é único, mas sua criação é múltipla. Tal multiplicidade, ordenada conforme leis que desvendam o Criador, reflete-se nos arabescos, nas composições geométricas e em sua miríade de formas. Trata-se da multiplicidade com base na unidade”, explica o Prof. Paulo Daniel Farah.

Os padrões geométricos ou com motivos florais expressam uma percepção que mescla a idéia da unidade de Deus e da inexistência de intermediários na relação com o divino.

Com a curadoria do Prof. Paulo Daniel Farah e Rodolfo Athayde, a exposição “Islã” reúne mais de 300 obras trazidas de diversos acervos provenientes dos mais importantes museus da Síria e do Irã: Museu Nacional de Damasco, do Palácio Azem (Museu das Tradições Populares) e Museu da Cidade de Aleppo, na Síria; e Museu Nacional do Irã, Museu Reza Abassi e Museu dos Tapetes, em Teerã. Virão ainda peças que provém, sobretudo, da África pertencentes aos acervos da BibliASPA - - Biblioteca e Centro de Pesquisa América do Sul-Países Árabes – reunidas no Marrocos, Mauritânia, Líbia, Líbano, Burkina Faso, Arábia Saudita e Brasil e do Acervo Casa das Áfricas, trazidas do Mali, Níger, Nigéria. Duzentas destas peças, cedidas pela Síria, estão saindo do país pela primeira vez.

Desse contexto, muitos desconhecem a presença de africanos mulçumanos na cultura anti-escravidão no Brasil. É fundamental recordar que muçulmanos organizaram o principal levante urbano contra a escravidão na América: a Revolta dos Malês, em 1835, em Salvador. Desde cedo, desenvolveram a noção de pertença à umma, a comunidade islâmica, como se verifica na narrativa de Abdurrahman Al-Baghdádi, o primeiro relato de um erudito muçulmano acerca do Brasil, analisado em Deleite do estrangeiro em tudo o que é espantoso e maravilhoso: estudo de um relato de viagem bagdali.

O visitante da exposição “Islã” poderá encontrar:

“Islã” terá peças de ourivesaria, mobiliário, tapeçaria, vestuário, armas, armaduras, utensílios, mosaicos, cerâmicas, objetos de vidro, iluminuras, pinturas, caligrafia e instrumentos científicos e musicais. A exposição é comemorativa dos 21 anos de aniversário do CCBB – Centro Cultural Banco do Brasil -, e ocupará todo o espaço expositivo do primeiro andar, além da rotunda e dos foyers, no térreo.

Em destaque, entre outras, uma pedra de basalto na qual se entalhou um texto, no século VIII, em um dos principais vestígios da escrita árabe

Uma parte da exposição é dedicada ao palácio do deserto Al Hayr Al Gharbi, (séc. VIII), do qual se expõem esculturas, estuques ornamentados, barreiras, adornos e outros objetos que permitem observar influências locais na arte islâmica e a percepção que mescla a crença na unidade de Deus e na inexistência de intermediários na relação com o divino.

As obras da sala dedicada à caligrafia, uma arte islâmica refinada, merecem observação cuidadosa. Em pedra, madeira, tecido, metal, papiro, pele de gazela, cerâmica e outros suportes, as obras caligráficas revelam uma diversidade notável de estilos. A adoção da caligrafia árabe em boa parte dos territórios entre o Atlântico e o Índico, suporte gráfico que também serviu como ornamento na arte, exerceu um fator de unificação no Dár al-Islám, as terras de presença islâmica.

A exposição também apresenta instrumentos associados ao desenvolvimento científico, como astrolábios e quadrantes, que serviram, no contexto da astronomia islâmica, para corrigir tabelas astronômicas e de coordenadas geográficas e para calcular a obliquidade da eclíptica com uma precisão muito maior do que jamais se alcançara antes.


Serviço:

O que: Exposição Islã
Quando: 12 de outubr o a 26 de dezembro de 2010.
Onde: CCBB Rio de Janeiro
Rua Primeiro de Março, 66 – Centro
Tel.: (021) 3808.2020
De terça a domingo das 9h às 21h
Do dia 12 ao dia 31 de outubro, em função do período comemorativo de aniversário, o CCBB estará aberto, excepcionalmente, das 9h às 22h
Entrada franca

Realização: Centro Cultural Banco do Brasil
Co-realização e Coordenação: Biblioteca e Centro de Pesquisa América do Sul-Países Árabes (BibliASPA)
Curadoria: Prof. Dr. Paulo Daniel Farah e Rodolfo Athayde
Apoio: Ministério das Relações Exteriores e Ministério da Cultura
Observação importante: Depois do Rio, a mostra seguirá para os Centros Culturais Banco do Brasil de São Paulo e Brasília

CCBB-RJ-http://www.bb.com.br/portalbb/page511,128,10156,1,0,1,1.bb?codigoEvento=3667
BibliASPA - Biblioteca e Centro de Pesquisa América do Sul-Países Árabes http://www.bibliaspa.com.br/


Formas de Comer no Brasil de Antigamente

A antropóloga da alimentação brasileira Paula Pinto e Silva apresenta as principais características da culinária brasileira, como aspectos gerais da cozinha colonial e imperial. Paula Pinto e Silva é mestre e doutora em Antropologia Social pela USP e professora de Antropologia na ESPM-SP, nos cursos de Pós - Graduação em Ciências do Consumo e Gestão da Inovação. Duração: 1h30. Comedoria - Fogão Cultural. 50 vagas. Ingressos à venda pelo sistema INGRESSOSESC, a partir de 01/10. Livre.

Onde: SESC Pinheiros / São Paulo
Quando: Dia(s) 16/10 - Sábado, às 18h.
Investimento:

R$ 10,00 [inteira]
R$ 5,00 [usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, professores da rede pública de ensino e estudantes com comprovante]
R$ 2,50 [trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes]

Literatura Indígena. Com Daniel Munduruku.

Neste encontro, Daniel Munduruku aborda questões ligadas à literatura indígena, que estabelece o diálogo entre o saber e a cultura oral de diversos povos com a escrita, expressão mais corrente nas sociedades ocidentais capitalistas. Indígena da nação Munduruku, Daniel é formado em Filosofia, mestrando em Antropologia Social na Universidade de São Paulo, educador e autor de Meu avô Apolinário, Coisas de Índio, Histórias de Índio e O Banquete dos Deuses, entre outros (Editora Fundação Peirópolis). Sala de Múltiplo Uso.

Onde: SESC Campinas - SP
Quando:Dia(s) 20/10
Quarta, das 19h30 às 21h30.
Gratuito

Leitura complementar: http://www.istoe.com.br/reportagens/18757_HISTORIAS+DO+MESTRE+MUNDURUKU

Buala.org reúne artigos sobre literatura, música e artes visuais

O http://www.buala.org/, blog sobre cultura contemporânea africana será lançado hoje na Bienal-SP.

Batizado de Buala, termo no dialeto quimbundo que significa casa ou aldeia, o novo portal deve cobrir todos os tipos de manifestação cultural na África, de literatura e música às artes, com foco em países de língua portuguesa.


Vale conferir !

VI Festival "A arte de contar histórias"

Iniciado em 2005 o Festival "A Arte de Contar Histórias" ocorre anualmente em outubro, em função do mês da criança. Consolidado no calendário de eventos da Coordenadoria de Bibliotecas, tornou-se um ponto de encontro e de trocas que movimenta interessados em toda a cidade, pois ocorre nas Bibliotecas da rede municipal de várias regiões com uma programação especial que se estende aos Bosques de Leitura nos Parques da Anhanguera, Carmo, Cidade de Toronto, Ibirapuera, Luz e Santo Dias e em alguns Pontos de Leitura. Oferece gratuitamente às pessoas de todas as faixas etárias um repertório de histórias diversificado e de qualidade e também uma programação de formação para contadores de histórias, pesquisadores e interessados em geral nos formatos de oficinas, palestras, debates e atividades de troca de experiência entre os profissionais.

Programação:16/outubro


10h00 - Abertura com roda de histórias
- Cortejo na praça, com paradas para quadrinhas, histórias, brincadeiras.

20/outubro
Mini curso com Simone Grande
Eu conto, tu contas, ele conta, para Contadores de Histórias e Interessados.
Das 10hs às 12h30 e das 13h30 às 16hs.

23/outubro
10h00 - Tapetes Contadores
15h30 - Mesa - Lançamento do livro "Histórias de quem conta histórias", com Lenice Gomes, Fabiano Moraes e Giba Pedroza na mediação.
17h30 - Roda de História com Lenice Gomes, Fabiano Moraes, Giba Pedrosa, Rosana Mont'Alverne e Alice Bandini.
18h30 - Cocktail de encerramento.

BIBLIOTECA HANS CHRISTIAN ANDERSEN
Temática em Contos de Fadas
Av. Celso Garcia, 4142 Tatuapé SP
Telefone: 2295-3447

Hakuna matata!

Começa no dia 07/10/09, o curso de "Introdução à Língua e Cultura Suaíli (Kiswahili)" - Língua veicular na maior parte da África do leste e região central com mais de 50 milhões de falantes - oferecido pelo Centro de Línguas da USP. As aulas serão às quintas-feiras, das 14h30 às 17h,

Matrículas no Centro de Línguas da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas – USP
Av. Prof. Lineu Prestes, nº 159 (Prédio da Casa de Cultura Japonesa) - Sala 5 - Cidade Universitária – São Paulo-SP.
Telefone: (11) 3091-2416
Informações, acesse: www.fflch.usp.br/cl

A ARTE DE CONTAR HISTÓRIAS

Programação das Palestras Gartuitas

(Todos recebem uma apostila e um certificado de participação)






CEU Hermes Ferreira de Souza - 05/10 às 10 horas
Local:Av. Carlos Lacerda, 678 Jardim Pirajussara
Inscrição: Fechada para convidados da instituição

TUCA - 07/10 às 20h
Local: Rua Monte Alegre, 1024 Perdizes entrada pela Rua Bartira
Inscrições:envie e-mail para tucacom@pucsp.br informando nome completo. www.teatrotuca.com.br.

Biblioteca Monteiro Lobato - 18/10 às 14:30 h
Local: Rua General Jardim, 485 Santa Cecília
Inscrição: bcsp.mlobato@prefeitura.sp.gov.br
Cecília 3256.4122
Teatro Escola Célia Helena - 23/10 às 10h
Local: Rua Barão de Iguape 113 Liberdade

Centro de Direitos Humanos e Educação popular - 26/10 às 19 H
Local: Rua Dr. Luis da Fonseca Galvão 180 - Capão Redondo.
Inscrição:
Cleber (11) 5511 9762

EMEI LUCIA em Sumaré - 27/11 às 09h
Local: Sumaré - SP
Inscrição: Serão convidados professores e monitores da EMEI LUCIA, além de professores e monitores de creches próximas a Medley, voluntários e demais interessados
e-mail: producao@fazeconta.art.br

GUERRA E HISTÓRIA

E para compreendermos as literaturas é preciso observar o movimento da história humana....



Simpósio Internacional
28 a 30 de setembro de 2010 - Departamento de História (USP)
PROGRAMAÇÃO (AH: Anfiteatro de História – EAB: Espaço da Antiga Biblioteca)

28 de setembro (terça feira)
10 h. Conferência Inaugural: “GUERRA JUSTA” E CONSTITUCIONALISMO EUROPEU: Mario Fiorillo (Università di Teramo) (AH)

14 h. A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL E A AMÉRICA LATINA: Roney Cytrynowicz, Maria Helena Capelato, Rodrigo Medina Zagni, Alfredo Salun, Francisco Alambert (AH)

14 h. PAZ E VIOLÊNCIA NA IDADE MÉDIA: Marcelo Cândido da Silva, Neri de Barros Almeida, Maria Cristina Pereira, André Pereira Miatello, Carlos R. F. Nogueira (EAB)

17 h. GUERRAS NA ERA MODERNA E ESPAÇO MUNDIAL: Henrique Carneiro, Rodrigo Ricupero, Pedro Puntoni, Marco Antonio Silveira (AH)

17 h. A GUERRA CIVIL AMERICANA E OS EUA DE HOJE: Leandro Karnal, Everaldo Andrade, Jorge Grespan, Maria Helena P. T. Machado (EAB)

19h30  GUERRAS PÓS-COLONIAIS NA ÁFRICA: Kabenguelé Munanga, Mustafá Yazbek, Marina Gusmão de Mendonça, Valério Arcary (AH)

19h30  GUERRA MUNDIAL E HOLOCAUSTO ATÔMICO NO JAPÃO: Takashi Morita [sobrevivente de Hiroshima], Marcia Yumi Takeuchi, Nadia Saito, Fernanda Torres Magalhães, Sedi Hirano (EAB)

29 de setembro (quarta feira)

10 h. GUERRA FRIA E ECONOMIA ARMAMENTISTA: Gilson Dantas, Angelo Segrillo, Pablo Rieznik, Joaquim Racy (AH)

10 h. CAPITALISMO AMERICANO E ECONOMIA DE GUERRA: Vitor Schincariol, Osvaldo Coggiola, José Menezes Gomes, Eduardo Perillo, Luiz Eduardo Simões de Souza (EAB)

14 h. GUERRA, GEOGRAFIA, GEOPOLÍTICA: Leonel Itaussu A. Mello, Wanderley M. da Costa, André Martin, Antonio Carlos Robert de Moraes (AH)

14 h. PAZ E GUERRA NOS IMPÉRIOS IBÉRICOS: Ana Paula Torres Megiani, Márcia Berbel, Iris Kantor, Vera Ferlini (EAB)

17 h. GUERRAS MUNDIAIS E GENOCÍDIOS: Samuel Feldberg, Pietro Delallibera, Ania Cavalcante, Heitor Loureiro (AH)

17 h. A GUERRA DO PARAGUAI E OS ESTADOS SUL-AMERICANOS: André Toral, José Aparecido Rolón, Gilberto Maringoni (EAB)

17 h. A GUERRA NO MUNDO ANTIGO: Marlene Suano, Norberto Guarinello, Marcelo Rede (Sala Caio Prado Jr.)

19:30 h. GUERRA DE GUERRILHAS E DITADURA MILITAR NO BRASIL: Ivan Seixas, Carlos Eugenio Clemente, Antonio Roberto Espinosa, Arthur Scavone, Wilson N. Barbosa (AH)

19h30  GUERRA E REVOLUÇÃO NA FRANÇA JACOBINA: Carlos Guilherme Mota, Priscila Correa, Miguel Nanni, Laurent de Saes (EAB)

30 de setembro (quinta feira)

10 h. GUERRA E CINEMA: Marcos A. Silva, Wagner Pinheiro Pereira, Maurício Cardoso, Alexandre Hecker (AH)

10 h. A GUERRA CIVIL ESPANHOLA: CLASSES, POLÍTICA, LITERATURA: Francisco Palomanes, Valeria De Marco, Antonio Rago, Ana Lúcia Gomes Muniz (EAB)

14 h. GUERRAS DE LIBERTAÇÃO NACIONAL (África Portuguesa, Oriente Médio, África do Norte): Lincoln Secco, Arlene Clemesha, Nina Cerveira, Marcos Napolitano, José Arbex (AH)

14 h. GUERRA NOS BÁLCÃS E PARTIÇÃO DA IUGOSLÁVIA: Tibor Rabóczai, Zeljko Loparic, Aleksandar Jovanovic, João Zanetic (EAB)

17 h. GUERRA TENENTISTA E INSURREIÇÃO COMUNISTA NO BRASIL: Marly Gomes Vianna, Paulo Cunha, Yuri Costa, Pedro Pomar (AH)

17h. GUERRAS DE LIBERTAÇÃO NACIONAL (Vietnã e Indochina, China, Cuba): José R. Mao Jr, Sean Purdy, Antonio Gouvea, Silvia Miskulin (EAB)

17h. A REVOLUÇÃO INGLESA DO SÉCULO XVII E A NEW MODEL ARMY: Eunice Ostrensky, Javier Amadeo, Luis Fernando Franco, Flávio Rocha de Oliveira (Sala Caio Prado Jr.)

19h30  GUERRAS DE HOJE, IMPERIALISMO, TERRORISMO: Jorge Altamira, Plínio de Arruda Sampaio Jr, Paulo Arantes, Peter Demant (AH)

19h30 . GUERRAS NA AMÉRICA DO SUL NO SÉCULO XIX: Manoel Fernandes Souza Neto, Airton Cavenaghi, Márcio Bobik Braga, Horacio Gutiérrez (EAB)

Comissão Organizadora: Osvaldo Coggiola, Vera Ferlini (Cátedra Jaime Cortesão), Maria Cristina Cacciamali (Prolam-USP), Jorge Grespan, Lincoln Secco, Rodrigo Ricupero. Inscrições: Cátedra Jaime Cortesão (30911511), Prolam-USP (30913589). Inscrições por e-mail: www.fflch.usp.br/dh/guerra. Serão fornecidos certificados de freqüência (30 horas).

Entrada Franca.

GERERE

O UNIVERSO MACHADIANO NO CINEMA

O objetivo da palestra é traçar um panorama de como a obra de Machado de Assis chega ao cinema, que tipo de leitura os cineastas fazem de seus livros, abordando os aspectos essenciais na adaptação de uma obra literária para o cinema. Com o Prof. Ms. Cesar Zamberlan (mestre em Literatura Brasileira pela USP, pesquisador do GEIFEC e editor do site: cinequanon.art.br).

Quando: 22/9, 14h às 17h
Onde: Faculdade de Educação
Av. da Universidade, 308, sala 130, bloco B, Cidade Universitária
Informações: (11) 3091-3574
ccexfe@usp.br
http://www.fe.usp.br/

USP realiza Semana de Arte e Cultura


 A Universidade de São Paulo (USP) promoverá, até o dia 26 de setembro, a 15ª Semana de Arte e Cultura, que apresenta uma programação variada em seus campi espalhados em sete cidades paulistas: Bauru, Lorena, Piracicaba, Pirassununga, Ribeirão Preto, São Carlos e São Paulo.

Entre as atrações estão a apresentação teatral Qorpo Santo, do grupo Caramujo, às 20h do dia 22, em Bauru; a palestra “O viés trágico de Machado de Assis”, do professor da Faculdade de Educação da USP, Rogério de Almeida, na Cidade Universitária, na capital paulista, às 14h do dia 20; e a Comédia da Vida a Dois, encenada no campus da USP-Leste, em São Paulo, às 18h do dia 22.

Na Escola de Engenharia de Lorena (EEL), haverá a “Música na Tenda” uma série de apresentações musicais do dia 20 ao 24. No dia 21, às 20 horas, o campus de Pirassununga promoverá a apresentação teatral Cenas, com alunos do Núcleo de Experimentação e Apreciação Teatral, da Seção de Atividades e Culturais da Coordenadoria do Campus de Pirassununga e do Teatro da USP.

Haverá ainda palestras nos campi de Ribeirão Preto de São Carlos e uma exposição de artes plásticas em Piracicaba, entre várias outras atrações.

Além de promover o trabalho artístico da comunidade acadêmica da universidade, o programa também procura revelar novos talentos artísticos de alunos, funcionários e professores da universidade que não trabalham diretamente com arte.

O evento é promovido pela pró-reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP e sua programação é gratuita e aberta ao público em geral.

Informações: www.usp.br/prc/eventos/semana

Em busca do tempo perdido

Não é a literatura com a origem das nossas pesquisas, mas com uma sabedoria que enriquece nossas buscas....

“Mas, quando nada subsiste de um passado antigo, depois da morte dos seres, depois da destruição das coisas, sozinhos, mais frágeis, porém mais vivazes, mais imateriais, mais persistentes, mais fiéis, o aroma e o sabor permanecem ainda por muito tempo, como almas, chamando-se, ouvindo, esperando, sobre as ruínas de tudo o mais, levando sem se submeterem, sobre suas gotículas quase impalpáveis, o imenso edifício das recordações”. (PROUST, 1993. p.29)


PROUST, Marcel. Em busca do tempo perdido. No caminho de Swan. Vol.I. Trad. Fernando Py. Rio de Janeiro: Ediouro, 1993.

Como os índios vêem o céu? Conhecendo um Planetário Indígena

Planetário indígena integra programação especial da Semana de Arte e Cultura
na Estação Ciência

O céu, o universo e seus elementos, como estrelas, constelações, galáxias, planetas, sempre aguçaram a curiosidade do ser humano desde os tempos mais remotos. Homens comuns, filósofos e cientistas de todos os tempos já tentaram desvendar os mistérios dessa imensidão azul e de seus pontinhos brilhantes, mesmo estando eles tão distantes de nós.

De 18 a 26 de setembro os visitantes da Estação Ciência poderão entender melhor como os povos indígenas, nativos de nossa terra, vêem o céu e interpretam seus elementos e como isso interfere na vida desse povo, em sua cultura, religião e atividades rotineiras como caça e agricultura.

O planetário da Estação Ciência, que faz parte de seu acervo permanente e tem apresentação própria, se “transformará” durante esses dias, através de apresentações especiais que mostrarão ao público a visão dos índios acerca dos mistérios do Universo. As sessões do planetário indígena acontecerão durante todo o horário de funcionamento da Estação Ciência.

As apresentações especiais acontecerão por conta da Semana de Arte e Cultura, promovida pela Universidade de São Paulo em diversos órgãos da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária. Outras atividades integram a programação e estão todas disponíveis no site http://www.eciencia.usp.br/.

Serviço:
PLANETÁRIO INDÍGENA - Como os índios vêem as constelações.
Data: 18 a 26/09
Horário: das 8h às 17h (apresentações de hora em hora)
Local: Estação Ciência – USP
(R. Guaicurus, 1394 – Lapa, São Paulo)
Ingressos: R$ 4 – inteira (incluindo todas as exposições da Estação Ciência)
Mais informações: www.eciencia.usp.br