Campanha da Secretaria de Estado da Cultura seleciona vídeodocumentários curtos sobre a população negra

Qualquer pessoa pode participar da campanha “Nós, os afro-brasileiros”, inclusive com vídeos caseiros. Inscrições acontecem na internet

A Secretaria de Estado da Cultura está com as inscrições abertas para a campanha participativa “Nós, os afro-brasileiros”, visando à conscientização para a diversidade étnica e cultural. Qualquer pessoa pode se inscrever com pequenos vídeodocumentários de 3 a 5 minutos, apresentando personagens, fatos, lugares e histórias que tenham como base o fortalecimento da população negra. As inscrições podem ser feitas pelo site www.cultura.sp.gov.br/generoseetnias.

Pensada dentro das comemorações do Ano Internacional dos Povos Afrodescendentes, declarado em 2011 pela Organização das Nações Unidas, a campanha “Nós, os afro-brasileiros” estimula a produção do público, que terá seu material avaliado pelo curador Jéferson DE. Os 40 vídeos selecionados serão editados num DVD produzido pela Secretaria de Estado da Cultura e exibidos em mostras. O tema dessa campanha foi escolhido através de parceria com o Museu Afro Brasil.

“A cultura é um dos caminhos para transformar as pessoas e a sociedade. Realizando campanhas como esta, estamos agindo diretamente para reduzir preconceitos, promovendo o reconhecimento e o fortalecimento de grupos hoje discriminados”, afirma o Secretário de Estado da Cultura, Andrea Matarazzo.

A ação é coordenada pela Assessoria de Cultura para Gêneros e Etnias que, desde 2007, realiza campanhas com foco no combate às discriminações e no fortalecimento das identidades. Neste ano, além de “Nós, os afro-brasileiros”, foram lançadas também “Laços afetivos”, com foco na diversidade sexual, e “Pela arte se inclui”, que reunirá exemplos de ações e projetos de inclusão de pessoas com deficiência.

Em “Laços afetivos”, o público poderá contribuir com crônicas, depoimentos e reportagens sobre as relações familiares, de amizade, no trabalho e na escola, entre pais e filhos heterossexuais ou homossexuais. Os melhores trabalhos serão selecionados pelos curadores Laura Bacellar e João Federici; os ganhadores farão parte de um livro.

Já em “Pela arte se inclui”, os melhores exemplos de trabalhos ligados à inclusão de pessoas com deficiência nas áreas da literatura, dança, fotografia, teatro, canto, música, circo, desenho e cinema também vão compor um livro/catálogo e participar de programação montada por ocasião das datas comemorativas de pessoas com deficiência.


Inscrições
Os interessados poderão se inscrever no endereço:
www.cultura.sp.gov.br/generoseetnias.

Banquete dos Orixás

A contribuição africana na formação da cozinha brasileira aparece tanto na utilização de ingredientes e modos de preparo quanto na criação de mitos e crendices. Com grande destaque, a região da Bahia é por vocação a maior herdeira dessas raízes. O uso do azeite de dendê e as comidas de santo estão entre os maiores símbolos da presença africana na cultura alimentar brasileira. Para falar sobre o assunto o especialista Reginaldo Prandi contextualizará as influências africanas na alimentação brasileira e a Chef Tereza Paim, proprietária do restaurante Terreiro da Bahia, criará um prato inspirado no tema para ser degustado pelo público. Salão I. 200 lugares. Ingressos antecipados pelo sistema INGRESSOSESC a partir de 30/09.

SESC Carmo - SP
Dia: 20/10
Quinta, das 19h às 21h.

R$ 20,00 [inteira]
R$ 10,00 [usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, professores da rede pública de ensino e estudantes com comprovante]
R$ 5,00 [trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes]

http://www.sescsp.org.br/sesc/programa_new/mostra_detalhe.cfm?programacao_id=204460

VII FESTIVAL “A ARTE DE CONTAR HISTÓRIAS”

De 15 a 23 de outubro de 2011 acontece a sétima edição do Festival “A Arte de Contar Histórias” em 40 bibliotecas, 9 Bosques da Leitura, 5 Pontos de Leitura e 36 roteiros dos Ônibus-biblioteca.

Confira a programaçao no link abaixo:
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/bibliotecas/noticias/?p=9474

Ensinar (com) o texto literário africano/moçambicano

OFICINA DE FORMAÇÃO

Ensinar (com) o texto literário africano/moçambicano

Dias 07, 09,16 e 18 de Novembro de 2011 ? das 19h00 às 22h00

(12 horas, com certificado)

Docente: Profª Drª Fernanda Maria Correia Lisboa de Almeida Cavacas, Universidade de Aveiro, Portugal (Mestrado em Literatura e Cultura dos Países Africanos de Língua Portuguesa e Doutorado em Literaturas Africanas de Língua Portuguesa, ambos pela Universidade Nova de Lisboa)

Público alvo: Professores das redes pública e privada, alunos de graduação e pós-graduação.

Objetivos:

* Possibilitar conhecimento de culturas africanas dos países de língua portuguesa;
* Identificar algumas referências das literaturas africanas de língua portuguesa através da vida e obra dos seguintes escritores: PAULINA CHIZIANE, MIA COUTO, JOSÉ CRAVEIRINHA.
* Ler comparativamente textos selecionados desses escritores enquadrando-os culturalmente para sua utilização em sala de aula.

Conteúdo:

1) A língua portuguesa e suas culturas;
2) O multiculturalismo;
3) A identidade cultural e o diálogo das culturas: interdependência estreita com os direitos do homem e os das entidades coletivas;
4) Estabelecer relações entre PAULINA CHIZIANE, MIA COUTO e JOSÉ CRAVEIRINHA através da leitura comparada e dirigida de textos selecionados dos escritores.

INSCRIÇÕES
Presencial: de 17 a 27/10/2011 - Horário: das 14 às 19h
Local: Centro de Estudos Africanos - Prédio de Filosofia e Ciências Sociais, sala 1087
Procedimento: Por ordem de chegada ou enquanto houver vagas.
Preencher devidamente a ficha de inscrição; pagamento da taxa no ato.
Valor: R$ 50,00 (material didático incluso - será entregue no primeiro dia de aula)
Número de vagas: 80 (cem) - Número mínimo de participantes: 50

Local: Prédio de Filosofia e Ciências Sociais da USP
Critérios: para fazer jus ao certificado o aluno precisa cumprir 75% de freqüência.

História oral e memória: O que é e como se faz

O curso acontece aos sábados, nos dias 29/10 e 05/11, em São Paulo

O curso “História oral e memória: O que é e como se faz” tem como propósito capacitar estudantes, professores, profissionais e quaisquer interessados para a realização de projetos de história oral. Para isso, oferece formação teórica e prática, apresentando desde os pressupostos e conceitos fundamentais desta prática como as diferentes técnicas e métodos passíveis de utilização.

Plenamente consagrada como um dos mais interessantes recursos para estudos sobre o tempo presente, a história oral surgiu em 1948 no Oral History Research Office da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos. Difundiu-se pelo mundo e, no Brasil, adquiriu características especiais que adaptaram este método à realidade do país.

Como método, a história oral demonstra o valor de toda e qualquer história: reconhece que cada indivíduo é protagonista dos acontecimentos sociais e que mesmo experiências particulares são derivadas de um cenário compartilhado, no qual ressoam. A coleta e reunião de histórias pessoais – que dão a ver a complexidade das experiências que formam a memória e a história coletiva – é um de seus propósitos.

Ao fim do curso, que não exige experiência prévia, os participantes terão reunido as ferramentas essenciais para a confecção de trabalhos de história oral e memória que podem ser aplicados a um sem-número de temas e campos.

Conteúdo

O que é

1.    Estudos de memória e a história da história oral no Brasil e no mundo

2.    Conceitos fundamentais para o trabalho com história oral

3.    A poética e a política da história oral

4.    História oral, história pública e autoridade compartilhada

Como se faz

1.    História oral, eletrônica, pesquisa e arquivos
O projeto de pesquisa e as modalidades de história oral

2.    A entrevista, seus recursos e cenários, técnicas e soluções

3.    Tratamento textual e literário das entrevistas

4.    Questões éticas e jurídicas na história oral

5.    Execução, tratamento, publicação de entrevistas

Serviço:

O que: Curso História oral e memória: O que é e como se faz

Quando: aos sábados, dias 29/out e 05/nov das 15h às 18h30

Onde: Rua Baronesa de Itu, 639 – Santa Cecília – SP (próx. ao metrô Marechal Deodoro)

Investimento: R$ 120,00 - inclui apostila e certificado

Inscrições/informações: historiaoralememoria@gmail.com

Facilitadores

Ricardo Santhiago. Graduado em Jornalismo, especialista em Jornalismo Científico, mestre e doutorando em História Social pela Universidade de São Paulo, onde prepara tese sobre a história oral no Brasil. É pesquisador do MusiMid - Centro de Estudos em Música e Mídia, do GEPHOM - Grupo de Estudo e Pesquisa em História Oral e Memória e do Núcleo de Estudos em História da Cultura Intelectual. Autor dos livros "Solistas Dissonantes: História (oral) de cantoras negras" e "Alaíde Costa: Minha vida é um desafio", entre outras publicações dentro e fora do Brasil. Atua predominantemente nas áreas de história oral, história intelectual, música e literatura no Brasil, comunicações, nas quais tem produção técnica, artística e bibliográfica.

Maria Nilda é Jornalista, consultora nas áreas de Comunicação & Gestão Sociocultural.Já prestou serviços para o Ministério do Meio Ambiente, ONG Saúde Sem Limites, FOIRN – Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro, coordenou a Oficina de Jornalismo Experimental da ONG Papel Jornal/SP. Foi, também, criadora e coordenadora do I Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental e do I Fórum Paulista de Jornalismo Ambiental realizados em São Paulo, entre outros.

Importante: necessária a formação de turma com 25 pessoas para que a atividade seja realizada.