As duas moças bonitas como melancias


"...Era uma aldeia como as outras, onde as vacas tornam os homens ricos, mesmo na tristeza. É lá que moravam duas moças grandes e bonitas: duas amigas. Elas eram tão bonitas e tão redondas quanto uma melancia.Essas duas moças eram muito sossegadas e trabalhadoras. Costumavam preparar a quatro mãos o gunji para fazer um molho gostoso, bem consistente. Elas, que nunca tinham conhecido um rapaz de perto, nasceram rosadas como todas as crianças da África, antes de adquirirem a linda pele negra e luzidia. A beleza delas era tanta, que diziam que um feiticeiro nômade tinha deixado seus dois olhos em algum canto da aldeia, para admirá-las enquanto percorria a selva...."

In: PINGUILLY, Yves. Contos e lendas da África. São Paulo : Companhia das Letras, 2005. p. 165-6.





“Conta-se, ó rei, que havia no Cairo um jovem mercador que era belo, elegante, e que havia se consagrado completamente ao estudo. Um certo dia, ele lia um livro sentado à porta quando uma jovem passou por ele, bela como a lua brilhante ou como a gazela que foge na campina. Aproximou-se dele, ergueu o véu que lhe cobria o rosto e disse...”
(Mi’at Layla Wa Layla –Tradução: Paulo Daniel Farah)

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