Essa história de memória de alimentos é mesmo impressionante!


Essa história de memória de alimentos é mesmo impressionante!

Finalmente vou contar a minha. Entre tantas tive que escolher uma, mas antes quero dizer que aqueles bolinhos de chuva que mamãe fazia eram interessantes porque nós ficávamos achando a forma de um objeto qualquer ou de um animal a cada bolinho que mamãe colocava no prato.

E tem outra memória: sempre que ela ia fazer tutu de feijão, nós (eu e meu irmão) pegávamos na mão e apertávamos para fazer bolinhos em forma de tatu.

Essas memórias são mesmo de fazer encher os olhos de lágrimas pois bate uma saudade daquela época! Até posso deixar uma sugestão para o “dia das mães”. Que tal no encontro de domingo, dia 13, para recordar essas lembranças? Claro que não se pode esquecer do presente!

Mas a memória que eu reservei é bem legal. Acho!

Quando eu era pequeno (uns 8 anos, mais ou menos), minha mãe adorava me dar ovos de codorna. Todo dia eu tinha que comer um, cozido, é claro ! E por trás disso, tinha algo interessante. Todo dia, ela me pedia que eu fosse recolher os ovinhos no galinheiro das codornas (tínhamos umas 6), mas antes eu tinha que alimentá-las. Acho que era um jogo.

Bom, não pára por aí: ela ainda dizia que os ovos eram para me deixar inteligente na escola. Se todo dia eu comesse um ovinho, ficaria mais inteligente. Acho que havia outro jogo dela, porque ela dizia que eu tinha que estudar, ler o caderno, prestar atenção na aula, essas coisas, para o ovo fazer efeito. E eu acreditava! Não sei o que era certo, só sei que funcionava.

O pior vem agora.

Um dia em que nasceram 4 filhotinhos de codorna, perguntei à minha mãe se eu poderia brincar com elas e ela, que parecia brava mas no fundo era muito carinhosa, disse que sim, desde que eu não as machucasse.

Então, eu as trouxe para o sofá e fiquei brincando. Não sei o que pôde ter acontecido, acabei machucando uma delas. Minha mãe ficou verde de raiva. Pegou uma vara que chamava de vara de marmelo – não sei onde ela achava, parecia que tinha uma plantação. Essa vara, quando ela batia, doía que só !

Eu que queria ser mais esperto, saí correndo. Entrava pela porta da cozinha e saía pela porta da sala e ela atrás, parecia brincadeira de pega-pega. Mas que nada, era sério mesmo !

Minha mãe foi mais inteligente que eu (acho que ela comia 2 ovos por dia !), e fechou a porta da cozinha, me encurralou. Aí....

Não sei porque, hoje eu adoro ovos de codorna. Há quem diga que ele faz outros efeitos; não sei, só sei que gosto.

Juvenal Domingos, 05/05/07

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