A ARTE DE J. BORGES: DO CORDEL À XILOGRAVURA

Mostra exibe a trajetória do gravurista J. Borges com xilogravuras, cordéis, matrizes e cenários que remetem às origens do artista e sua vida no sertão pernambucano.

A Caixa Cultural São Paulo inaugura no dia 30 de janeiro, sábado, a partir das 11 horas, a mostra A Arte de J. Borges: do Cordel à Xilogravura, do artista pernambucano José Francisco Borges. A exposição tem curadoria de Pieter Tjabbes e Tânia Mills e revela a trajetória do artista auto-didata, focando o percurso de sua produção de cordéis e gravuras em cenários que ilustram o universo cultural nordestino. São exibidas xilogravuras, cordéis e matrizes originais. Durante a exibição da mostra, aberta de 30 de janeiro a 28 de fevereiro, a Caixa Cultural São Paulo realiza oficinas gratuitas de xilogravura aos sábados.

Segundo os curadores, a mostra não apresenta apenas a obra de J. Borges, mas o percurso de sua vida e sua expressão artística, que abrange o cordel e a xilogravura. Assim, a montagem procura contextualizar a exposição, trazendo um pouco da casa do artista à mostra, que conta com fotos e gravuras de seus familiares e aprendizes, e um pouco de sua cidade-natal, Bezerros (PE), que é representada por barraquinhas de feira com gravuras penduradas. Será exibido, ainda, um documentário de Vincent Carelli, que mostra a vida e a obra de J. Borges e a sua relação com a pacata cidade.

J. Borges
Nascido em 1935, José Francisco Borges ou J. Borges, como prefere ser chamado, é um dos mais expressivos artistas populares do Brasil. Considerado por Ariano Suassuna o maior gravador popular do país, o artista foi um dos ilustradores do calendário da ONU do ano de 2002. Auto-didata, J. Borges publicou seu primeiro cordel em 1964, intitulado O Encontro de Dois Vaqueiros no Sertão de Petrolina, seguido de O Verdadeiro Aviso de Frei Damião Sobre os Castigos que Vêm, cuja publicação deu início à sua profícua carreira de gravador. Na década de 1970, artistas plásticos, intelectuais e marchands passaram a encomendar suas xilogravuras, o que levou as imagens a ganharem cada vez mais autonomia em relação ao cordel. O itinerário do artista vem se fortalecendo pela transmissão dos conhecimentos da xilogravura às novas gerações de sua família, com quem mantém a Casa de Cultura Serra Negra, no sertão pernambucano.
Programação educativa, Visitas-ateliê e oficinas de xilogravura
Durante o período expositivo, o serviço educativo da Caixa organiza visitas mediadas gratuitas espontâneas para todos os públicos e idades ou em grupos de até 20 pessoas com a necessidade de agendamento prévio. As visitas de grupos agendados acontecem de terça a sexta-feira, às 10, 14, 16 e 19 horas. A Caixa Cultural oferece ainda um serviço diferenciado, voltado para as famílias e crianças, que é oferecido aos sábados e domingos às 10h30e 14h30. São as Visitas-ateliê, onde o grupo entra em contato com a obra do artista a partir de jogos e brincadeiras de exploração de imagem e cria suas próprias histórias com elementos da produção de cordéis. Aos sábados, das 14h30 às 17h, são oferecidas oficinas gratuitas de xilogravura, voltadas a iniciantes e interessados em conhecer a técnica. Inscrições e mais informações pelo telefone 3321 4400.

SERVIÇO:
Exposição: A Arte de J. Borges: do Cordel à Xilogravura
Abertura: 30 de janeiro de 2010, sábado, das 11
Visitação: de 30 de janeiro a 28 de fevereiro de 2010
Local: CAIXA CULTURAL São Paulo (Sé) - Praça da Sé, 111 - Centro - São Paulo (SP) Informações à Imprensa:Adelante Comunicação CulturalDécio Hernandez Di Giorgi Email: dgiorgi@uol.com.br
Tel.: (11) 3589 6212 (11) 3589 6212 / 8255 3338

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